terça-feira, 7 de junho de 2011

Impossibilidade ou falta de mobilidade?

O abuso no valor cobrado na tarifa do transporte publico é um problema comum aos grandes e pequenos municípios. Em Itaquaquecetuba (SP), apesar de sua limitada extensão territorial, a passagem custa R$ 2,90. Considerando o montante arrecadado mensalmente, percebe-se que ele não é revertido na qualidade dos serviços prestados.
O tempo de intervalo entre dois ónibus está entre as principais reclamações dos usuários. Em algumas linhas a espera chega a passar de uma hora, de maneira desconfortável, visto que os pontos de parada não possuem coberturas.
Somando a essas precariedades, existe superlotação, falta de acessibilidade, linhas com trajeto certo, entre outros. Tamanho descaso pode ser explicado pela falta de concorrências. Uma única empresa domina o setor, não tendo outro interesse, senão o lucro. Isso se manifesta de maneira mais perversa quando os motoristas se recusam a parar o ónibus para idosos e cadeirantes, porque não pagam passagem.
O transporte publico precisa ser repensado, de maneira que todos possam ter acesso, sem a cobrança de taxa, que deveria ser subsidiada com os impostos. O desafio é enorme visto que existem poderosos interesses políticos e econômicos. No entanto, a mobilização popular pode ser a propulsora das mudanças.


Cinquenta Mãos (21/05/2011)